A história da humanidade sempre teve a religiosidade como uma das protagonistas do seu desenvolvimento, seja social ou econômico. Agora, em pleno século 21, o movimento religioso começa a ganhar nova força, pelo menos aqui no Rio Grande do Norte, o turismo se uniu a fé e a promessa é de grandes benefícios para o povo potiguar.Várias cidades do interior do Estado têm na religião sua base social, inclusive, muitas delas surgiram e cresceram graças à devoção de seus habitantes. Prova disso são as festas tradicionais de padroeiras em cidades como Mossoró (Santa Luzia), Caicó e Currais Novos (Sant'Ana), que a cada ano recebem milhares de pessoas."Caicó, por exemplo, torna-se outra cidade em julho, durante os festejos da padroeira. Nos últimos anos, houve uma evolução muito grande tanto no religioso como no social. A cidade praticamente vive em função desse período. Restaurantes, postos de combustíveis, pousadas e até mesmo o aluguel de casas geram uma grande receita econômica para o município", revela Emerson Araujo Medeiros, ex-padre e funcionário da Prefeitura.Ele informou ainda que no período da festa de Sant'Ana várias cidades da região Seridó convergem forças para Caicó. "A festa é da Diocese, então, nesse período o movimento social e religioso é muito grande. Proporcionalmente, nós só perdemos para o Círio de Nazaré", comenta.Nos últimos anos, esse potencial turístico da religiosidade foi observado pelo pode público que passou a desenvolver trabalhos específicos. Atualmente, a Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) promove e incentiva eventos ligados a religião, além de divulgar as festas espalhadas pelo Estado.Para o secretário Claudio Porpino, o Rio Grande do Norte se destaca no cenário nacional. "O Brasil inteiro tem a religiosidade, mas, a gente sente uma força muito grande aqui no nosso povo. Santa Cruz, por exemplo, já se transformou com a construção do monte com a estátua de Santa Rita. O monumento terá 48 metros, dez a mais que o Cristo Redentor", ressaltou.
A imagem de Santa Rita promete mesmo mudar economicamente e socialmente a cidade de Santa Cruz. De acordo com Cláudio Porpino, a festa da padroeira em si já é bastante conhecida, mas, passará a ser reconhecida nacionalmente devido à grandeza do monumento."O interessante é que esse tipo de turismo não atrai apenas quem é do Rio Grande do Norte. Nós já tivemos exemplos suficientes de que fiéis de vários estados freqüentam festas como a de Mossoró, onde mais de 100 mil pessoas acompanham a procissão de Santa Luzia, no mês de dezembro".A reportagem do Nasemana entrou em contato com a Prefeitura de Santa Cruz para saber como anda o processo de conclusão das obras da estátua de Santa Rita. O secretário de obras do município, Rocha Filho, explicou que eles estão apenas aguardando a liberação de mais alguns recursos."Está faltando fazer o acesso ao monumento e colocar a iluminação. Para isso, estamos aguardando a liberação do crédito por parte da Caixa Econômica Federal. Claro que ainda não podemos fazer uma avaliação em quantitativo em relação aos benefícios que o monte está trazendo a cidade, mas, podemos projetar que com certeza o turismo vai aumentar e, consequentemente, a economia", afirma.
Algumas festas de Padroeiro no Rio Grande do Norte
*Fonte:http://www.nominuto.com/vida/turismo/a-fe-que-move-o-turismo/40124/
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