Edição de domingo, 23 de outubro de 2011
Paulo Nascimento //paulonascimento.rn@dabr.com.br
Especial para O Poti
O apelido foi criado pelo radialista Souza Silva, em alusão à personagem criada pelo escritor modernista Mário de Andrade que era conhecido como o "herói de nossa gente". E o "codinome" pelo qual Soares é tratado até hoje pelos torcedores abcdistas não foi à toa. Por várias vezes, Macú, até mesmo saindo do banco para o gramado, fez atuações inesquecíveis no seu principal palco, o estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado, o Machadão. "Tenho lembranças de vários jogos excelentes do qual fiz parte, principalmente clássicos contra o América. Era comum jogarmos com 30, 40 ou 50 mil pessoas no Machadão. Hoje em dia, quando aparecem 15 mil pagantes falam que foi um bom público", comenta Noé.
Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Nesta época levando quase sempre o número 11 nas costas da camisa alvinegra, alguns jogos marcaram a memória do ídolo. O primeiro citado pelo ex-jogador é um dos casos pelo qual ele terminou virando o "herói de nossa gente". Em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 1979, o ABC enfrentava o América-MG, que vencia o time potiguar por 3x1 no primeiro tempo. O resto da história quem conta é o próprio Macunaíma. "Servílio de Jesus, que era o técnico, me chamou para entrar no segundotempo. Eu, que estava voltando de uma contusão, graças a Deus, fui muito bem, fiz um gol e ajudei a equipe a virar o jogo para 4 a 3", conta o carioca. A outra partida citada por Noé ficou na memória por outra razão. "Lembro bem daquele gol de Didi Duarte, do meio do campo, com cinco segundos. Não tem como esquecer quando a gente leva um gol tão rápido, ainda mais sendo um clássico", cita Noé, relembrando a partida de 14 de abril de 1981, em que o ABC conseguiu empatar no apagar das luzes da segunda etapa e levou o primeiro turno do Campeonato Estadual, que viria a ser vencido pelo América.
Para ele, todas as equipes pela qual foi campeão no ABC tinham grandes jogadores, mas os times de 1976 e 1983 foram especiais. "Ganhamos os dois campeonatos quase invictos. Fora que tinhamos valores, em 76, como Pradera, Danilo Menezes, Drailton, Vuca e Reinaldo, assim como em 86 joguei com Dedé de Dora, Marinho Apolônio e Silva, que eram jogadores que desequilibravam qualquer jogo. Quem olhasse para time via, no mínimo, uns sete ou oito craques, diferente de hoje, que o nível é tão baixo", afirma o ex-jogador, que ainda foi campeão paraibano pelo Botafogo-PB e pelo Vila Nova-GO.
domingo, 23 de outubro de 2011
JOAQUIMTUR DIZ: Macunaíma Potiguar - Noé Soares em NOMES DO RN
Esportes
"Herói de nossa gente"
Noé Soares, conhecido por Macunaíma, imortalizou a camisa 11 do ABC
Ídolo da Frasqueira por 10 anos, o ponta-esquerda - que também foi ponta-direita, volante, meia direita, meia esquerda# - Noé Soares, o popular "Noé Macunaíma", lembra com saudade a época em que dividia o gramado com craques como Alberi, Danilo Menezes, Pradera, Cláudio Oliveira e até com quem jogava contra, como Hélcio Jacaré e Ivanildo pelo América e Odilon, vestindo a camisa 10 do Alecrim. Entre 1974, quando veio do Rio de Janeiro para o ABC, e 1984, Noé foi tetracampeão estadual pelo alvinegro potiguar (1976, 1978, 1983 e 1984). "Vim para passar um ano no ABC e estou em Natal até hoje. E virei torcedor do time, com certeza. Acompanho sempre os jogos no estádio", contou Macunaíma, de 59 anos, que é natural do Rio de Janeiro, onde começou sua carreira na Portuguesa carioca.
Postado por
Joaquim Tur
às
00:32
Marcadores: JOAQUIMTUR - NOMES DO RN
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